O deputado estadual Cláudio Ferreira (PL) foi flagrado na última segunda-feira (4) realizando podas em árvores e plantio de mudas no canteiro central da Avenida Irmã Bernarda, na região do Conjunto São José, sem a prévia autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Como isso só pode ser feito após prévia análise e aprovação do órgão ambiental, agentes de fiscalização notificaram a pessoa que se identificou como a responsável pela ação e o serviço teve que ser interrompido.
Questionada sobre a situação, secretária Kamila Carvalho esclareceu que ações como essas são muito bem vindas e até estimuladas pela Semma, mas ela explicou que isso depende de análise e de uma aprovação prévia. “Não impedimos ninguém de plantar árvores, mas é preciso que essas pessoas nos procurem primeiro para obter uma autorização”, pontuou.
A secretária continua explicando que existem alguns cuidados que precisam ser observados antes de autorizar o plantio de novas árvores em locais públicos. “Há o caso da (Avenida) Otaviano Muniz onde a fiação de luz é subterrânea. Então, ali tem que ter o cuidado de não plantar árvores cujas raízes possam danificar essa fiação. Há lugares onde a esquipe do deputado queria plantar árvores que acabaram de receber o plantio de árvores recentemente, onde não faria sentido plantar novas árvores. E nós da Semma somos responsáveis por cuidar de situações como essas”, externou.
Ela completou informando que após a notificação, Cláudio Ferreira pediu de forma oficial a autorização para executar a intervenção paisagísticas e de cinco locais solicitados, recebeu a autorização para plantar suas mudas em três destes, além da indicação de novos espaços públicos que necessitam do plantio de mudas de árvores.
“Sempre que grupos da sociedade civil nos procuram para conseguir autorização para o plantio de árvores, nós apontamos os locais onde não há problemas e somos parceiros nessas ações. Mas existem regras municipais que precisam ser seguidas. E o deputado entendeu isso, que não é por que ele seja deputado que a regra não seja válida. Muito pelo contrário: as pessoas públicas precisam dar o exemplo”, concluiu Kamila Carvalho.