Dia a dia

Mulher quase perde p ao ser mordida por boto em rio

 

Em novembro do ano passado, Claire Bye, de 28 anos, começou a “viagem da sua vida”, com o objetivo de percorrer a América do Sul e a América Central durante sete meses. Os planos da britânica, porém, foram interrompidos num rio em Santa Rosa de Yacuma (Bolívia), quando um boto-cor-de-rosa mordeu violentamente o seu pé direito, no início de janeiro.

Claire e seu amigo Louis partiram no início da manhã de 3 de janeiro para uma caminhada na selva para explorar a Bacia Amazônica. Eles foram conduzidos por um guia turístico experiente e acompanhados por outros turistas. O grupo parou no rio e passou um tempo nadando e brincando com os botos-cor-de-rosa selvagens. Tudo estava tranquilo.

“Havia principalmente crianças nadando na água com os botos. Vi uma criança tentar pegar um deles, o que me deixou desconfortável. Os botos começaram a ficar agressivos e algumas pessoas saíram da água com arranhões nas pernas, onde haviam sido mordidas”, contou a britânica, de acordo com o “Bristol World”.

Claire decidiu não voltar para a água, mas optou por brincar com os golfinhos com uma garrafa de água, conforme demonstrado pelo guia turístico. Depois de alguns minutos, Claire acidentalmente deixou cair a garrafa, então ela pulou na água rasa para recuperá-la. Momentos depois, um boto se lançou sobre Claire e mordeu o seu pé direito.

Claire tentou sair da água, mas o mamífero a impedia.

“A água estava marrom e eu estava de costas, então não pude vê-la morder meu pé. As pessoas tentaram me ajudar a subir, mas eu não conseguia me mexer porque o boto não me largava”, relembrou ela.

O boto finalmente soltou o seu pé, permitindo que ela saísse da água. Um outro turista tirou a camisa para amarrar no pé de Claire a fim de estancar o sangramento, e Claire foi carregada para um carro próximo e levada para o hospital local. Devido à falta de instalações médicas adequadas na região, Claire foi transferida para Rurrenabaque (Bolívia), a quatro horas de carro.

“Eu gritei e gritei, mas ele simplesmente não me soltou. Parecia que ele me prendia por 15 minutos, mas aparentemente demorou cerca de 20 segundos antes de ele se soltar e nadar para longe. Após o ataque, fui levada a um pequeno hospital local que não era nada parecido com os hospitais que temos. Fizeram o possível, mas peguei uma infecção que começou a se espalhar pela minha perna”, relatou a engenheira acústica.

O hospital estava lotado, e Claire teve que ficar em um albergue próximo. Seu ferimento infeccionou e ela precisou de tratamento médico urgente em hospital deLa Paz, capital da Bolívia. Após ligações frenéticas para a embaixada britânica, Claire conseguiu voar para a capital no dia seguinte, onde passou por cirurgia. Ele precisou de enxerto. A pele foi retirada de uma virilha.

“Sinceramente, pensei que perderia o meu pé ou, talvez, a minha vida”, desabafou a britânica.

Mais tarde, ela voltou para Bristol (Inglaterra), onde mora e segue o tratamento. Biólogos ainda estão analisando o comportamento agressivo dos botos naquela ocasião.

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