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Contradições na gestão de Cláudio Ferreira: a contratação de esquerdistas pelo prefeito de direita

Uma situação intrigante tem chamado a atenção dos rondonopolitanos: o prefeito Cláudio Ferreira (PL), que se elegeu como um fervoroso defensor da extrema direita e das bandeiras do bolsonarismo, está progressivamente incorporando em sua administração figuras proeminentes da antiga gestão — incluindo ex-vereadores e assessores de alto escalão — oriundos de partidos de esquerda.

Essa mudança de postura é especialmente notável, uma vez que Ferreira em seus discursos sempre se posicionou como um crítico ferrenho da esquerda. Sua eleição foi amplamente apoiada por um eleitorado bolsonarista, que o enxergou como um representante de suas ideologias. No entanto, ao assumir o cargo, o prefeito optou por cercar-se de aliados políticos com vínculos significativos a gestões passadas, incluindo aqueles que se destacaram durante a administração do prefeito Zé Carlos do Pátio.

Essa decisão tem gerado descontentamento entre alguns dos apoiadores mais fervorosos de Ferreira, que questionam a lógica por trás da inclusão de figuras ligadas à esquerda em sua equipe. Essa aparente contradição pode sinalizar que o prefeito não é tão alinhado à direita quanto se apresenta ou, de forma mais preocupante, que ele acredita não ser viável governar com quadros exclusivamente de direita. Ademais, levanta a especulação sobre sua confiança em sua base eleitoral, especialmente em relação à possibilidade de eleger sua esposa, Alexandra Croco, como deputada estadual.

Em suma, a administração de Cláudio Ferreira está em um momento de tensão, onde ideologias que antes pareciam firmemente definidas agora se misturam, gerando dúvidas e insatisfação entre seus apoiadores.