Em Mato Grosso, dos 2,5 milhões de eleitores e eleitoras aptos ao voto, 60,43% (343.064) são pardos e pardas e 10,39% (59.007) são pretos e pretas. Este levantamento é possível em função das informações prestadas pelos próprios cidadãos e cidadãs no momento de fazer o título eleitoral e/ou alterar qualquer dado no Cadastro Eleitoral.
Em alusão ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado nesta sexta-feira (21.03), o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) reforça a importância da inclusão destas informações no Cadastro Eleitoral, a fim de garantir a inclusão e a justiça social por meio da promoção da igualdade racial.
É importante ressaltar que, do total do eleitorado, apenas 21,85% (567.663) informaram a cor ou a raça, enquanto 78,15% (2.030.055) ainda não o fizeram. Além das opções parda e preta, o Cadastro Eleitoral também possui informadas as seguintes classificações de raça/cor: branca (25,91%); indígena (2,64%); e amarela (0,62%).
Para faze o informa, é muito simples. Basta acessar o Autoatedimento Eleitoral – TítuloNet, no site do TRE-MT, clicar em Título Eleitoral, e selecionar a opção 4 – Informe seus dados sociais. Após colocar os dados de identificação, no item 5, em Dados Complementares, é só responder à pergunta “Com qual raça ou cor o eleitor se define?”. Também é possível fazer o procedimento pelo e-Título, disponível nas plataformas iOS e Android.
A presidente do Tribunal, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, ressalta que este informe é fundamental para que a Justiça Eleitoral tenha uma noção assertiva a respeito da quantidade de eleitores e eleitoras pretos e pardos no estado. “A autodeclaração racial no cadastro eleitoral é um ato de cidadania e tem um papel fundamental na construção de políticas públicas mais justas e representativas. Quando isso acontece, o eleitor ou eleitora contribuem para a produção de estatísticas mais precisas sobre a composição racial do eleitorado, permitindo que o Estado e a sociedade civil desenvolvam ações concretas para promover a equidade racial na política”, explica.
Além disso, a desembargadora pontua que essa informação é essencial para a efetivação de ações que visem o aumento de candidaturas negras, buscando ampliar a participação de pessoas pretas e pardas nos espaços de decisão. “Quanto mais eleitores se identificarem corretamente, mais será possível garantir que os recursos e incentivos sejam distribuídos de forma adequada, fortalecendo a representatividade negra no cenário político brasileiro”, acrescenta a presidente do TRE-MT.