A dois dias da partida contra a Argentina, o zagueiro Marquinhos exaltou a grandeza do clássico sul-americano. O jogo será disputado na próxima terça-feira (25), às 21h (de Brasília), no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
“Brasil x Argentina nunca vai ser um jogo qualquer, nunca vai ser apenas um amistoso ou um jogo de Eliminatórias, vai ser sempre uma final de campeonato e um clássico muito grande para a gente. Essa é a mentalidade, a motivação e a energia que temos que levar para esse jogo”, reforçou, em entrevista coletiva concedida na tarde deste domingo (23), em Brasília.
O zagueiro do Paris Saint-Germain, da França, também destacou que o jogo da próxima terça é importante não só pelos três pontos, mas também visando à evolução da equipe comandada pelo treinador Dorival Jr..
“Esse é o tipo de jogo que gostamos e queremos jogar, a motivação é fácil para um jogo como esse. É se preparar da melhor forma para que a gente possa ir buscar um resultado positivo, mas também crescer, fazer um bom jogo e ganhar confiança. É isso que a gente quer num momento importante como esse”, explicou.
Marquinhos durante entrevista coletiva em Brasília, antes de Brasil x ArgentinaCréditos: Rafael Ribeiro/CBF
ExperiÊncia
Com 126 convocações e 96 partidas, o defensor é o atleta há mais tempo na Amarelinha, tendo estreado na goleada por 5 a 0 contra Honduras, no dia 16 de novembro de 2013, no Sun Life Stadium em Miami, nos Estados Unidos. Algumas destas quase cem partidas foram diante da Argentina, adversário conhecido pelo atleta, que analisou as características do confronto e o momento de cada seleção.
“É um clássico à parte, tem muita história envolvida, é um jogo difícil, aguerrido, de contato e duelos, onde as duas equipes lutam e se matam a cada bola dentro de campo. São duas equipes que vivem momentos diferentes, a Argentina recém campeã do mundo, e a gente se encaixando, se entendendo cada vez mais e tentando crescer a cada jogo”, disse.
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Marquinhos durante treino pela Seleção Brasileira no Mané GarrinchaCréditos: Rafael Ribeiro/CBF
Liderança
O jogador de 30 anos é um dos líderes do grupo. Apesar de portar a braçadeira de capitão, destacou que, independentemente de usá-la, sempre buscará ser uma voz ativa para motivar e aconselhar seus companheiros.
“Dentro de um time, no clube e na Seleção, existem lideranças sem braçadeira. Muda pouca coisa, usando a braçadeira ou não, vou sempre entregar o melhor, falando, motivando, passando uma palavra. Muda mesmo é ir tirar o cara ou coroa e falar mais no vestiário, mas estamos sempre ativos. Existem lideranças sem braçadeira, mas que são fortes em um grupo”, frisou.
Dorival Jr. e Marquinhos conversam durante a vitória sobre a Colômbia por 2 a 1Créditos: Rafael Ribeiro/CBF
mudanças
Em relação à vitória sobre a Colômbia por 2 a 1, na última quinta (20), o Brasil terá quatro alterações na convocação. Por questões médicas, Gerson e Alisson saíram, já Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães deixaram a delegação por suspensão. Weverton, Beraldo, Éderson e João Gomes foram chamados e se apresentaram no sábado (22).
Lidar com as mudanças foi descrito como um “desafio” por Marquinhos, que exaltou a oportunidade que o clássico Brasil x Argentina oferece para os atletas que ainda não participaram de duelos deste peso e mostrou confiança nos jogadores convocados.
“É um desafio. Temos que trabalhar com as cartas que temos na manga. Perdemos alguns jogadores por suspensão e lesão, mas no jogo passado todos que entraram mostraram o real valor, agregaram muito no fim do segundo tempo, trazendo algo a mais. Oportunidades acontecem assim, aconteceu comigo, e pude aproveitar”, reforçou.
“São muitos novos jogadores vindo também. Isso dá experiência, são oportunidades de ouro. Estamos bem tranquilos. Todos estão aqui por merecerem e têm rodagem nos clubes. Podem ser jovens, não vieram muito, mas têm rodagem em clube e sabem como é o futebol sul-americano. Passamos tranquilidade para que eles estejam na melhor forma”, concluiu.