O número de casos de malária caiu 63% entre 2021 e 2022, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta quinta-feira (16). Essa queda se deve às ações de prevenção, como orientação à população, medicamentos antimalária, mosquiteiros com inseticida, materiais educativos e equipamentos de controle do mosquito que transmite a doença.
Segundo a SES, em 2021, foram registrados 4.255 casos de malária em todo o estado e uma pessoa morreu por causa da doença. Conforme a pasta, dados parciais do ano passado apontam 1.590 registros e três mortes. Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 125 casos.
A maioria dos casos de malária no estado foram registrados em áreas de garimpo, de acordo com a SES, sendo influenciado por vários fatores, como condições insalubres do local e degradação ambiental.
Na quarta-feira (8), a SES alertou os municípios sobre preparar os profissionais de saúde para Atenção Primária e Vigilância em Saúde para atendimento dos casos para que não se agravem.
Os profissionais ainda devem ficar atentos quanto ao fluxo de garimpeiros que fugiram da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, e podem passar pelo estado, segundo a SES, porque eles podem estar doentes.
O alerta feito aos municípios traz orientações sobre as ações de vigilância epidemiológica; definição de casos; recomendações sobre como notificar os casos; medidas de proteção individual e fluxogramas.
A redução nos registros da doença ocorreram devido às ações de controle por parte das forças de segurança federal e estadual, especialmente na Terra Indígena Sararé, em Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá.
Os profissionais de saúde devem investigar cada situação para saber por onde o paciente esteve nos últimos 15 dias, se foi pescar ou se estava em outro município com casos ativos de malária. Essas informações são úteis para um rápido diagnóstico, de acordo com a secretaria.
Malária
A doença infecciosa é transmitida a partir da picada de mosquitos da família Anopheles, que são muito comuns em regiões tropicais e úmidas. Em algumas partes do país, eles são conhecidos como mosquito prego.
O agente causador é protozoário Plasmodium e há cinco tipos diferentes dele. Os mais comuns são o falciparum, o vivax e o malariae. Em locais com grande propagação dessa doença, as pessoas podem adoecer mais de uma vez.