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Pátio trabalha para viabilizar Paulo José e fazer sucessor em 2024

Apesar de ainda não ter tomado as ruas, as discussões e articulações visando a sucessão do prefeito José Carlos do Pátio (PSB) estão à toda nos bastidores. Isso porque o atual gestor municipal não será candidato, por conta da legislação eleitoral que proíbe mais que uma reeleição seguida, o que deixa a disputa em aberto, já que não há nenhum franco favorito ao pleito vindouro, mesmo com alguns nomes já despontando nas pesquisas pré-eleitorais.

Experiente e hábil na política, Pátio enxerga a necessidade de eleger um sucessor alinhado politicamente com o seu projeto, o que faz todo sentido, pois há muitas obras em andamento e outro tanto que ainda não saíram do papel e que o ainda prefeito quer acompanhar e faturar politicamente em cima. E para isso, precisa de um aliado na prefeitura. Além, é claro, do fato de que um adversário seu pode revirar as contas da prefeitura e encontrar falhas que podem complicar o político, inclusive com a Justiça.

De imediato, o nome preferido de Pátio é seu fiel escudeiro Paulo José, presidente do Sanear e uma inconteste liderança em ascensão, mas que tem demonstrado não ter, ao menos por enquanto, toda a força política e eleitoral para empolgar o eleitorado local, não tendo decolado ainda sequer entre os apoiadores do atual prefeito. Ele ainda precisa se viabilizar, como se diz no jargão político, ou corre o risco de ser preterido pelo prefeito às vésperas das convenções, que pode sim vir a fechar seu apoio a um outro nome com mais viabilidade eleitoral. Mas com os apoios que já tem e com um bom trabalho frente à autarquia que comanda pode perfeitamente mudar o quadro a seu favor e se tornar competitivo.

De momento, o que dizem as pesquisas pré-eleitorais e o burburinho das ruas é que o deputado estadual Thiago Silva, do MDB, é quem lidera as intenções de votos, mas ainda não se vê nenhum movimento concreto dele e de seu partido no sentido de viabilizar sua candidatura, como procurar conversar com outros partidos e começar a viabilizar alianças eleitorais. Seria ingênuo o deputado confiar nessa liderança efêmera e deixar de se articular, procurar amarrar alianças partidárias e definir um discurso para a cidade.

Outro ponto a se observar com relação à Thiago Silva é o fato de ter aderido ao bolsonarismo, movimento político de extrema-direita que é a antítese política da História de seu partido na cidade, de origens e raízes populares. Iria o velho MDB apostar num candidato com esse perfil ou preferiria um nome mais alinhado ao seu perfil político como o ex-prefeito Percival Muniz?

São considerações apenas, mas é algo para o leitor mais atento prestar atenção.

O presidente da Câmara, o petista Júnior Mendonça, corre por fora mas também é outro nome que pode se destacar nos próximos meses e entrar no páreo com peso, podendo inclusive vir a ser o nome apoiado por Pátio, dependendo do seu desempenho à frente do Legislativo e de uma melhora significativa na sua visibilidade e na sua comunicação pessoal e institucional.

O próprio vice-prefeito Aylon Arruda é outro que pode até vir a ser o escolhido de Pátio, tido pelos entendedores da política como o maior cabo eleitoral do pleito de 2024. Ele tem sido constantemente visto ao lado do prefeito em reuniões e solenidades e esse apoio é algo que não se enxerga no horizonte imediato, mas que pode acontecer, bastando apenas um entendimento entre as partes.

Do outro lado, a direita e extrema-direita também se movimentam e o nome que desponta é o do ex-prefeito Adilton Sachetti, atualmente filiado ao Republicanos, mas que estaria de malas prontas para ir para o PL do senador Wellington Fagundes. O que se comenta é que ele já teria costurado um leque de apoios que passa por nomes como o do deputado federal José Medeiros, também do PL, e já estaria com as conversas bem avançadas para ter o apoio de outros nomes como o do deputado estadual Cláudio Ferreira, do PTB.

Legítimo representante do agronegócio e dos setores mais endinheirados da sociedade, Sachetti tem tudo para ser o candidato desses setores, que tendem a se unir em torno do nome mais forte que dispõem. É assim que se faz política e essas pessoas sabem disso.

Enfim, há uma série de nomes sendo cogitados e um quadro que começa a ser montado e as peças começam a se movimentar, deixando antever que a eleição será disputada e com candidaturas fortes.

Aguardemos os próximos desdobramentos!